Universidade Metodista marca presença na COP30, em Belém

Por Cilene Victor e Filomena Salemme

As professoras e jornalistas Filomena Salemme, do curso de Jornalismo, e Cilene Victor, dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação Social (PósCom) e Ciências da Religião (PPGCR), da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), e o mestrando Leandro Barbosa (PósCom), que foi o quarto jornalista mais premiado do Brasil em 2024, inclusive com reportagens sobre meio ambiente e povos tradicionais, estão credenciados para a cobertura da COP30 (Conferência das Partes), da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em Belém (PA), entre os 10 e 22 de novembro. 

O grupo representa três veículos diferentes, respectivamente, Repórter Diário, Jornal GGN e Agência Envolverde, sendo os dois últimos já parceiros da Metodista, especialmente em ações relacionadas ao tema central da COP30. A cobertura do Repórter Diário foca nas pautas de interesse para municípios e empresas do ABC. Para o GGN, estão sendo produzidos conteúdos especiais para o portal e entrada ao vivo das professoras no Jornal das 20h, com Luís Nassif. Leandro Barbosa está se dividindo entre o jornalismo e o apoio a organizações indígenas, nacionais e internacionais. 

Com experiência acumulada em quatro edições da Conferência do Clima, COP21, Paris, COP22, Marrakech, COP23, Bonn e COP24, Katowice, entre 2015 e 2018, como enviadas especiais da TV Cultura, da Rádio e TV Gazeta, as professoras garantem que cobrir uma conferência do clima no Brasil representa um momento singular para a pauta climática, o jornalismo, o debate público e a academia. Para Filomena Salemme, retornar à cobertura “é uma oportunidade de reconectar a comunicação com o território e com as comunidades que vivem os efeitos da emergência climática”, ressaltando que a agenda ambiental é, também, uma agenda social. Ela avalia que o jornalismo tem papel central na construção de “uma cidadania climática informada e crítica”.

Cilene Victor enfatiza o simbolismo da realização da conferência no coração da Amazônia. “A COP30 em Belém é, sem dúvida, um marco para as Conferências do Clima, tanto pelo fato de estarmos em uma das regiões mais impactadas pelo avanço das mudanças climáticas quanto pelo reconhecimento das abordagens transversais, com participação de governos, sociedade civil, academia e os povos tradicionais”. Segundo ela, um dos principais desafios é aproximar os debates da COP30 do público geral, com respeito à integridade da informação sobre o tema. “Como disse o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso da abertura, uma das principais batalhas desta COP é combater o negacionismo científico e a desinformação”, completa. 

Na COP30, a equipe está produzindo reportagens, entrevistas e análises, sempre alinhadas com os propósitos e o papel da Universidade Metodista no enfrentamento das mudanças climáticas. Com isso, a iniciativa reforça o compromisso da universidade com a formação cidadã, comprometida com a sustentabilidade, a ética, a responsabilidade social e a qualificação do debate público sobre a emergência climática no Brasil.

Por meio de parceria entre o grupo de pesquisa HumanizaCom (Jornalismo Humanitário e Media Interventions) e a Escola do Parlamento, da Câmara Municipal de Itapevi, e apoio institucional da Cátedra Unesco-Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional e da Global South Perspectives Network, foi realizado, entre os dias 10 e 12 (nov), o workshop Gestão de Riscos de Desastres na Emergência Climática – Por uma governança horizontal, transmitido pelos canais do GGN e da Escola do Parlamento. A ação contou com mais de 400 participantes.